O diagnóstico
de epilepsia deve ser estabelecido de forma definitiva antes do início
do tratamento. A decisão de se iniciar o tratamento deve considerar o
paciente como um todo: a severidade do quadro clínico e seu prognóstico.
Deve-se ter bem claro o propósito deste tratamento e a expectativa do paciente.
Tendo-se decidido que o paciente requer tratamento medicamentoso, depara-se a necessidade de escolher a medicação
adequada. Muito importante é ter em conta que a medicação, após
instituída, deverá ser mantida durante muitos anos, por vezes até o
final da vida. A escolha da medicação antiepiléptica a ser utilizada é
feita com base no tipo de crise apresentada pelo paciente. A
consequência imediata da escolha adequada da medicação, associada à
eficácia contra as crises, melhora a adaptablidade social do paciente
epiléptico, que poderá atender melhor e mais facilmente às exigências de
seu meio, dentro de uma vida de qualidade.
A maneira como o indivíduo interage com o ambiente social (família , trabalho , amigos)
é bastante afetada pelo fato de ele ser um portador de epilepsia. O
tratamento deve, portanto, não apenas visar o controle de suas crises,
mas a melhora da qualidade de vida do paciente, garantindo uma melhor integração social.
A CRISE EPILÉPTICA
É um evento neurológico resultante de uma descarga elétrica anormal, excessiva e síncrona (que ocorre ao mesmo tempo), de um grupamento de neurônios (células do cérebro).
Ocorre de modo espontâneo ou secundário a eventos externos, como febre,
distúrbios hidroeletrolíticos (perda de líquidos e eletrólitos pelo
organismo) ou mesmo um quadro de afecção que acomete o próprio sistema
nervoso central (meningoencefalite, intoxicações, etc.