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sábado, 15 de outubro de 2011

Crianças superam adultos na internet

São Paulo Uma em cada quatro crianças brasileiras usa internet, enquanto menos de 20% dos adultos acima de 45 anos têm esse costume, segundo pesquisa do Comitê Gestor da Internet (CGI) sobre o uso de tecnologias por crianças entre cinco e nove anos de idade.

Das 2.516 crianças ouvidas entre setembro e novembro do ano passado, 51% disseram já ter usado um computador, e cerca de metade delas (27%), internet. A partir do estudo, é possível entender como as crianças acessam a rede. Elas utilizam a internet principalmente para se divertir com joguinhos (90% das crianças) e fazer coisas da escola (45%). Enquanto 29% disseram já ter usado redes sociais, só 10% delas já enviaram um e-mail na vida.

As crianças de cinco a nove anos costumam acessar a internet principalmente em casa (42%) ou na casa de outra pessoa (21%). O número de crianças que acessam a rede na escola (17%) é praticamente igual ao das que a acessam em LAN houses ou cibercafés (16%).

De acordo com o estudo, 39% das crianças usam a internet sozinhas, contra 29% das que a utilizam na presença de parentes e 28%, com professores. Os professores são fundamentais para ensinar o uso da tecnologia. Eles foram mencionados por 37% delas, seguidos pelos parentes (27%).

Praticamente seis em cada dez crianças já utilizaram um celular, e duas possuem seu próprio aparelho. Das 2.516 crianças ouvidas entre setembro e novembro do ano passado, 59% disseram usar celular, e 18%, possuírem.

Controle
Quanto menor a renda familiar e maior o desconhecimento da rede, menor o controle dos pais sobre o que o filho vê na internet. Segundo a pesquisa, 21% dos pais nada fazem para restringir ou controlar por onde as crianças navegam na web. 40% disseram conversar com a criança para orientá-la.

A renda também parece ser fator determinante. Enquanto apenas 9% dos pais de classe A disseram não controlar, esse percentual chega a 37% nas classes D e E. Já 61% dos pais de classe A ficam ao lado da criança. Esse percentual cai para 8% nas classes D e E.